"É verídico ou mito dizer que o diclofenaco sódico interfere mais na pressão arterial que o de potássio?"
O íon sódio, Na+, é essencial para o funcionamento do corpo humano. A sua concentração no organismo é, em partes, responsável pelo balanço da água presente no corpo, regulação da pressão arterial, pela transmissão dos impulsos nervosos e, consequentemente, das funções cerebrais e de outros órgãos vitais.
Quando esse íon está presente no organismo em quantidades elevadas, ele pode ser responsável pelo aumento da pressão arterial, o que pode ser grave em pacientes com hipertensão. Essa doença não apresenta sinais e sintomas e, se não controlada, pode causar muitas vezes infarto, AVC (acidente vascular cerebral) popularmente conhecido como “derrame”, insuficiência renal e cardíaca, entre outras complicações.
O íon sódio muitas vezes é encontrado nos medicamentos, como no caso do diclofenaco de sódio. A sua finalidade é apenas aumentar a solubilidade e absorção do diclofenaco pelo organismo.Assim, ele está em quantidades muito baixas e em indivíduos sadios não é capaz de alterar a pressão arterial
O diclofenaco de sódio e o diclofenaco de potássio, assim como outros medicamentos usados para o alívio da dor, febre e edema existentes no mercado são Anti-inflamatórios Não Esteróides, AINES. Um dos efeitos indesejados (colaterais) dos AINES é a elevação da pressão arterial causando a Hipertensão. Esse efeito indesejado ocorre porque os anti-inflamatórios atrapalham o funcionamento dos rins e impedem a eliminação de água pelo organismo o que acaba favorecendo a elevação da pressão arterial em indivíduos predispostos. Além disso, o uso prolongado de AINES reduz a eficácia de anti-hipertensivos.
Portanto, podemos dizer que ambos os medicamentos, o diclofenaco de sódio e o diclofenaco de potássio, podem interferir na pressão arterial. Mas esse efeito pode ser observado com os outros anti-inflamatórios existentes, pois ele ocorre devido ao mecanismo de ação desses medicamentos e não devido ao sódio ou ao potássio presente na estrutura.
Para percebermos que o sódio presente no diclofenaco não interfere na pressão arterial vamos ter em mente as seguintes informações:
- Dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstraram que o brasileiro ingere em média 4000 mg de sódio por dia, porém a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a metade (2000 mg de sódio/dia), ou seja, a população brasileira ingere o dobro do recomendado;
- A dose diária de diclofenaco de sódio recomendada pela Organização Mundial de Saúde é de 100 mg, se considerarmos o uso correto como anti-inflamatório;
- A proporção de sódio presente no diclofenaco de sódio é de 7,23%. Assim, temos que 100 mg de diclofenaco de sódio possui 7,23 mg de sódio.
Se analisarmos criticamente, essa é uma quantidade muito baixa e insignificante, correspondendo a 0,36% da quantidade recomendada pela OMS (e proporcionalmente, 0,18% da quantidade total de sódio ingerida por dia na dieta “salgada” da população brasileira)
Para podermos comparar, o sódio presente em 1 pão francês (peso médio de 50,0 g e 289,98 mg de sódio) corresponde 14,50% da ingestão diária de sódio recomendada pela OMS e 7,24% da dieta do brasileiro.
O diclofenaco de sódio é CONTRA INDICADO para portadores de porfiria (doença genética e rara do sangue), insuficiência renal e para mulheres grávidas ou que estão amamentando!
Os efeitos indesejados (colaterais) do diclofenaco são os mesmos causados por outros tipos de anti-inflamatórios. Avise ao médico se notar qualquer sintoma ou sinal diferente.
Referências:
O íon sódio, Na+, é essencial para o funcionamento do corpo humano. A sua concentração no organismo é, em partes, responsável pelo balanço da água presente no corpo, regulação da pressão arterial, pela transmissão dos impulsos nervosos e, consequentemente, das funções cerebrais e de outros órgãos vitais.
Quando esse íon está presente no organismo em quantidades elevadas, ele pode ser responsável pelo aumento da pressão arterial, o que pode ser grave em pacientes com hipertensão. Essa doença não apresenta sinais e sintomas e, se não controlada, pode causar muitas vezes infarto, AVC (acidente vascular cerebral) popularmente conhecido como “derrame”, insuficiência renal e cardíaca, entre outras complicações.
O íon sódio muitas vezes é encontrado nos medicamentos, como no caso do diclofenaco de sódio. A sua finalidade é apenas aumentar a solubilidade e absorção do diclofenaco pelo organismo.Assim, ele está em quantidades muito baixas e em indivíduos sadios não é capaz de alterar a pressão arterial
O diclofenaco de sódio e o diclofenaco de potássio, assim como outros medicamentos usados para o alívio da dor, febre e edema existentes no mercado são Anti-inflamatórios Não Esteróides, AINES. Um dos efeitos indesejados (colaterais) dos AINES é a elevação da pressão arterial causando a Hipertensão. Esse efeito indesejado ocorre porque os anti-inflamatórios atrapalham o funcionamento dos rins e impedem a eliminação de água pelo organismo o que acaba favorecendo a elevação da pressão arterial em indivíduos predispostos. Além disso, o uso prolongado de AINES reduz a eficácia de anti-hipertensivos.
Portanto, podemos dizer que ambos os medicamentos, o diclofenaco de sódio e o diclofenaco de potássio, podem interferir na pressão arterial. Mas esse efeito pode ser observado com os outros anti-inflamatórios existentes, pois ele ocorre devido ao mecanismo de ação desses medicamentos e não devido ao sódio ou ao potássio presente na estrutura.
Para percebermos que o sódio presente no diclofenaco não interfere na pressão arterial vamos ter em mente as seguintes informações:
- Dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstraram que o brasileiro ingere em média 4000 mg de sódio por dia, porém a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a metade (2000 mg de sódio/dia), ou seja, a população brasileira ingere o dobro do recomendado;
- A dose diária de diclofenaco de sódio recomendada pela Organização Mundial de Saúde é de 100 mg, se considerarmos o uso correto como anti-inflamatório;
- A proporção de sódio presente no diclofenaco de sódio é de 7,23%. Assim, temos que 100 mg de diclofenaco de sódio possui 7,23 mg de sódio.
Se analisarmos criticamente, essa é uma quantidade muito baixa e insignificante, correspondendo a 0,36% da quantidade recomendada pela OMS (e proporcionalmente, 0,18% da quantidade total de sódio ingerida por dia na dieta “salgada” da população brasileira)
Para podermos comparar, o sódio presente em 1 pão francês (peso médio de 50,0 g e 289,98 mg de sódio) corresponde 14,50% da ingestão diária de sódio recomendada pela OMS e 7,24% da dieta do brasileiro.
O diclofenaco de sódio é CONTRA INDICADO para portadores de porfiria (doença genética e rara do sangue), insuficiência renal e para mulheres grávidas ou que estão amamentando!
Os efeitos indesejados (colaterais) do diclofenaco são os mesmos causados por outros tipos de anti-inflamatórios. Avise ao médico se notar qualquer sintoma ou sinal diferente.
Referências:
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Recomendação Nutricional dos Micronutrientes para a População Brasileira. Brasil, 2008-2009 Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_consumo/tabelas_pdf/tab_2_8.pdf
- World Health Organization (WHO). WHO drug statistics methodology. Disponível em: http://www.whocc.no/ e http://www.who.int/dietphysicalactivity/Salt_Report_VC_april07.pdf
- KLASCO, R.K., editor. USP DI Drug information for health care Professional [Database on the internet]. Thompson MICROMEDEX, 2006. Disponível em: www.periodicos.capes.gov.br
- Valor nutricional dos alimentos. Disponível em: http://emedix.uol.com.br/dia/ali009_1f_paofrances.php
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