“É possível utilizar um creme de uso tópico (creme dermatológico) no lugar de um creme vaginal (uso ginecológico)?”
A troca de uma apresentação (creme dermatológico) para uma outra (creme vaginal) dependerá de alguns fatores. O creme dermatológico é comercializado apenas com a bisnaga e sua bula, já o creme vaginal é comercializado com bula e alguns aplicadores, para facilitar a aplicação no local e garantir a correta dosagem do medicamento. Esse é um dos fatores que pode comprometer a eficácia do tratamento, porque pode ser aplicado quantidade inferior que não terá atividade.
Outro fator importante a ser levado em consideração é a composição da formulação que pode conter concentrações diferentes da substância ativa ou diferentes constituintes, os excipientes que ajudam a compor a formulação do medicamento. Geralmente os cremes vaginais tem em sua composição ciclometicona. Esse ativo é responsável por garantir a estabilidade da formulação (não desfazer o creme formado), ajudando, também, a transferência e facilitando o deslizamento, devido a utilização dos aplicadores. A formulação de um creme vaginal também pode ser diferenciada em relação a estabilidade dos principios ativos, isto é, evitar que ocorra a degradação do fármaco. Isso leva ao desenvolvimento de fórmulas especiais com excipientes diferentes de um creme dermatológico.
A troca da apresentação deve ser acompanhada de perto pelo farmacêutico e dependerá de cada situação, isto é, do medicamento e necessidade do paciente. O médico também deverá estar ciente dessa alteração e o farmacêutico é o responsável em comunicá-lo.
Referência: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Formulário Nacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
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