“A perda de sangue na urina está relacionada a quê?”
O sangue que circula pelo corpo, ao passar pelos rins, é filtrado por estruturas de nominadas “néfrons”. A cada minuto, passam 1200 mL de sangue pelos rins, porém, apenas 600 mL serão filtrados. A velocidade dessa filtração é de 120 mL por minuto. O sangue que é filtrado passa a ser chamado de “Filtrado Glomerular”.
Na maioria das vezes, a capacidade de filtração dos rins é afetada pela “pressão alta”. O sangue circulando em uma pressão mais elevada que o normal pode danificar estruturas dos rins, que passarão a não conseguir mais reter substâncias grandes. Dessa forma, começará a passar para o Filtrado Glomerular certas proteínas (como a albumina) e hemácias (“sangue”) . Quando a concentração de hemácias na urina é superior a 5 por mL, diz-se que o indivíduo está com “sangue na urina” ou “hematúria”.
A hematúria pode ter causas diversas e indicar desde uma Glomerulonefrite (lesão nas estruturas que filtram o sangue), até uma possível hemorragia em qualquer região do sistema urinário (todos os órgãos e componentes que fazem parte da formação da urina). No caso das mulheres, é normal aparecer sangue na urina nos períodos menstruais e não deve ser motivo de preocupação. Por isso, não é recomendado se fazer o exame de urina durante essa fase.
Nem sempre a hematúria vai afetar a coloração da urina e, nesses casos, só será possível a sua identificação através de exames microscópicos. Uma vez que a urina está avermelhada, é sinal que o número de hemácias está bastante elevado e o indivíduo deverá procurar ajuda profissional urgente, porém deve ficar atento pois alguns alimentos (como a beterraba) e medicamentos podem, também, afetar a cor da urina.
Em ambos os casos, é imprescindível que o individuo procure um médico urologista para que seja pesquisada a origem da lesão e se faça o diagnóstico correto para iniciar o tratamento o mais rápido possível, ou para se investigar outras causas.
- BAPTISTA, J. M. A.; MAGALHÃES, H. P. B.; SOUSA, M. O. Apostila URINÁLISE. Faculdade de Farmácia da UFMG, Depto Análises Clínicas e Toxicológicas – Bioquímica Clínica II. Belo Horizonte, Brasil, 2009.
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