Em média, o mal atinge 15% da população, mas no verão a incidência dobra, segundo alerta do urologista Fábio Vicentini, médico-chefe do Ambulatório de Litíase [cálculo] Renal do Centro de Referência da Saúde do Homem, vinculada à Secretaria da Saúde do governo paulista.
“Cada vez mais as pessoas estão sempre correndo, não conseguem se alimentar direito e acabam comendo alimentos com muito sal, muita carne vermelha e tomando pouco líquido, o que leva a um aumento dos casos de cálculo renal”, relatou o médico. No verão, explica ele, as pessoas desidratam por causa da maior transpiração e nem sempre compensam essa perda de água do corpo pela ingestão de líquidos.
Um sinal indicativo de que a pessoa pode estar com a formação do cálculo é a tonalidade da urina, que deve ser sempre clara. Se tiver com um amarelo mais forte, a urina está concentrada e isso facilita o surgimento das pedrinhas. Em 85% dos casos diagnosticados, o tamanho dos cálculos é pequeno e pode ser dissolvido e expelido com o uso de medicamentos e dieta.
Porém, quando os cálculos atingem de um centímetro para cima, normalmente, há o indicativo de cirurgias. É um estágio da doença em que paciente pode passar por uma experiência bem desagradável. A pedra entope o canal de drenagem do rim para a bexiga e o sintoma é a sensação de uma cólica muito forte. A dor intensa e súbita surge nas costas e vai para o abdômen, levando quem sofre a um pronto-socorro, explica o médico.
De acordo com o médico, metade dos pacientes em tratamento volta a apresentar o problema, ou porque a pedra não foi expelida por completo ou em razão de se manter os mesmos hábitos que levaram à formação dos cálculos. Ele recomenda que se deve beber muita água, em média dois litros por dia , e sucos naturais. Os de melão, laranja e limão são os mais indicados porque contêm uma substância, o citrato, que auxilia no bom funcionamento renal.
Entre as dicas repassadas pela Secretaria da Saúde está a redução do uso de sal, que pode ser compensada por meio de ervas naturais como salsinha, cebolinha e orégano, além de suco de limão, que acentuam o sabor dos alimentos. Por meio de nota, a secretaria lembra que “o famoso chá de quebra-pedra não faz milagres”. O efeito benéfico vem do líquido e não das folhas, que podem até provocar intoxicações.
Entre as pessoas mais suscetíveis a ter problemas de cálculo renal estão os obesos, por apresentar mais cálcio e ácido úrico na urina. Quem consome frutos do mar em excesso também são potenciais candidatos.
Fonte: Agência Brasil.
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